CLEMILDA
Luto: morre Clemilda, a Rainha do Forró
Morreu
na madrugada desta quarta-feira, 26.11.2014, a cantora e compositora Clemilda Ferreira da Silva, conhecida no meio artístico apenas por Clemilda. Enfrentava sérios problemas de saúde e estava internada em um hospital da rede
privada desde o mês de julho, quando foi acometida por uma pneumonia.
A morte
de Clemilda, segundo a cantora e compositora Amorosa, foi registrada por volta
das 4 horas da madrugada no mesmo hospital, onde chegou na tarde do dia 11 de
julho deste ano. O velório será realizado no velatório da rua Itaporanga, em
Aracaju, e o sepultamento está previsto para às 16 horas, no cemitério São João
Batista.
Clemilda
era viúva do também forrozeiro Gerson Filho (1915 - 1994) e deixa dois
filhos, os músicos Robertinho dos Oito Baixos e José Adeildo.
Nascida
no Estado de Alagoas, Clemilda escolheu Sergipe para construir sua vida
emocional e profissional. Em 50 anos de carreira, a musa do forró lançou 40 LPs
e seis CDs, todos de forró. Ela também recebeu dois discos de ouro e dois de
platina.
Entre os
maiores sucessos que retratam a cultura nordestina, na voz de Clemilda, estão
‘Prenda o Tadeu’ e ‘Forró Cheiroso'. “Clemilda foi uma das mais importantes
cantoras da história nordestina”, considerou Amorosa. “Clemilda esteve no mesmo
patamar de Marinez e de Carmélia Alves, considerada a Rainha do Baião, e também
de Anastácia. Uma das intérpretes que conseguiu popularizar a música
nordestina”, ressaltou.
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O velório foi
realizado no velatório da rua Itaporanga, em Aracaju, e o sepultamento ocorreu
às 16 horas, no cemitério São João Batista. Enfrentava sérios problemas de saúde e estava internada em um hospital da rede privada desde o mês de julho de 2014, quando foi acometida por uma pneumonia. Já teve dois AVC's anteriormente. Deixou filhos, netos e bisnetos. Estiveram presentes, um grande
número de fãs, parentes e diversas autoridades da capital sergipana.
Clemilda é simplesmente um monumento do forró. Sua voz é maravilhosa. É vergonhoso que ela, ao lado de muitos outros forrozeiros de seu tempo (Zito Borborema, Jacinto Silva, Zé do Baião, o também alagoano Luiz Wanderley etc) estejam no esquecimento. As pessoas só querem saber de forró moderno (em especial esse dito "forró eletrônico") como se o forró fosse uma coisa descartável, que vai perdendo valor com o tempo. E quando aparece alguém homenageando o forró de antigamente, só menciona Luiz Gonzaga. Mas o forró dos anos 50, 60 e 70 não se resumiu só ao repertório do rei do baião. Tivemos muitos cantores maravilhosos e um deles foi justamente Clemilda. Temos que combater esse ostracismo absurdo por que passa o forró antigo em nome da real valorização da cultura nordestina.
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